Vi Ester nos céus, vi Lis nos campos.
Não fiei, nem teci, nem me preocupei com as coisas do
amanhã. E como ganhei com isso!
Desde quando Deus deu-me a conhecer a mãe de minhas filhas
que meus dias já não são meus. Nem meus dias, nem meus sonhos, nem meu tempo.
Enfim, minha vida não foi mais somente minha.
Fiquei maior. Virei dois-um.
Agora, nossas vidas (um-dois) não nos pertencem. Não somos
mais nossos. Tornamo-nos ativos espectadores do alvorecer da vida. Afinal, de que vale a vida se não contemplarmos o Sol e o
céu, a noite e a lua, a luz e as paisagens, a flor e a estrela, nos entretempos
da passada?
Nossa vida um-dois, que já é dois-um-dois-um-quatro, dá nova guinada numa belíssima aventura
divina! É que o gigante Amor, tão imenso, dobrou-se em lírio e estrela, fez
bater o dois-um mais duas vezes – Lis e Ester – enquanto, nas entrebatidas, Ele proverá outras sementes.
Crescemos. Estamos multiplicando.
Que nossa árvore dê bons frutos.
Cem por um!
Com amor,
Papai.
Pedro Gurgel Moraes
Aluno da Escola da Vida
Amante da Mulher Mais Bela
Navegador dos Mares dos Sonhos
Sob o Olor do Lírio e a Luz da Estrela